Essas movimentações preliminares foram acompanhadas de ameaças tarifárias, particularmente direcionadas à China, mas também a nações europeias e vizinhos da América Latina. O analista Mauricio Alonso Estévez, especialista em Ciências Sociais e Relações Internacionais, sugere que a estratégia de Trump consistirá em fortalecer laços com países europeus por meio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), utilizando essa parceria para pressionar a China, que ele considera uma das maiores ameaças à segurança internacional.
Por sua vez, o especialista Julio Peña Vega ressalta que, apesar da retórica hostil, a conexão entre Washington e Pequim apresenta uma complexidade de interdependência econômica. Ele menciona que, embora Trump tenha frequentemente criticado a China por questões como a produção de fentanil e a prática de introduzir produtos pelo México e Canadá, as relações comerciais entre os dois países são fundamentais e não podem ser ignoradas.
Trump também tenta reposicionar os Estados Unidos como uma potência econômica e militar dominante, reivindicando que o país retome sua posição de liderança, mesmo diante de um cenário internacional onde novos centros de poder estão emergindo. Nesse contexto, a relação do governo Trump com a América Latina poderá ser definida por alianças mais próximas com líderes de governos conservadores.
Enquanto isso, a relação do ex-presidente com Israel, especialmente em meio ao conflito no Oriente Médio, continua a ser um pilar de sua estratégia. Trump está atento à dinâmica global e busca aproveitar as interações com diversos países para avançar seus interesses, demonstrando um pragmatismo na condução de sua política externa. Em suma, o panorama apresenta uma complexidade que obriga a pensar além da retórica de conflito, considerando as interações econômicas e políticas intrincadas que caracterizam a nova ordem mundial.