O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também manifestou a intenção de implementar medidas que possam beneficiar não apenas o café, mas outros produtos, como bananas, que não são cultivados nos Estados Unidos. Ele indicou que os consumidores americanos poderão perceber uma queda nos preços nos próximos meses, com impactos positivos esperados já no primeiro semestre de 2026.
As recentes tarifas impostas em agosto, que alcançaram até 50%, causaram um forte impacto nas exportações brasileiras de cafés especiais. De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais, essas tarifas resultaram em uma queda drástica de 67% nas exportações do produto. O volume que antes era de 150 mil sacas caiu para cerca de 50 mil, evidenciando os desafios enfrentados pelos exportadores brasileiros no mercado americano.
O mercado dos Estados Unidos, até a imposição dessas tarifas, era um dos principais destinos para o café brasileiro, com 16% das exportações do produto direcionadas a esse país. Nesse contexto, o governo brasileiro está buscando soluções. Há expectativas de uma reunião ampla entre os chanceleres do Brasil e dos EUA, que acontecerá no Canadá, durante as reuniões do G7.
Vale lembrar que esse encontro entre Trump e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ocorreu no final de outubro e foi considerado produtivo, com promessas de continuidade nas negociações. A perspectiva de uma redução nas tarifas não apenas revitaliza as exportações brasileiras, mas também promete facilitar o acesso dos consumidores americanos a cafés de qualidade, melhorando assim a dinâmica econômica entre os dois países.
