A medida visa não apenas limitar a imigração de profissionais qualificados, mas também priorizar a contratação de graduados de instituições norte-americanas. Nesse sentido, a implementação de um novo programa de visto conhecido como “gold card”, que exige um investimento de US$ 1 milhão ou patrocínio empresarial de US$ 2 milhões, busca reter talentos que, de outra forma, poderiam deixar os EUA após a graduação. Esse movimento, porém, não ocorre sem controvérsias. Nos últimos anos, o programa H-1B tem sido criticado por grandes corporações que, segundo o governo Trump, têm abusado do sistema.
O impacto imediato da nova política já se faz sentir em mercados como o do Vale do Silício, dependente da mão de obra estrangeira para sua força de trabalho. As ações de empresas de consultoria de tecnologia, como Cognizant e Infosys, caíram acentuadamente após o anúncio, evidenciando as preocupações do setor com a escassez de profissionais qualificados.
Além disso, a maioria dos vistos H-1B concedidos nos últimos anos foi destinada a cidadãos indianos, o que torna a Índia particularmente vulnerável a essas novas restrições. As tensões comerciais entre os EUA e Nova Deli podem ser intensificadas, uma vez que o governo indiano tenta negociar a redução das taxas adicionais impostas pelos EUA.
Em suma, a reformulação do programa de vistos H-1B é uma parte de uma agenda mais ampla de restrição à imigração, uma estratégia que gera opiniões divididas, até mesmo entre os aliados de Trump. Enquanto alguns, como o notável empresário Elon Musk, advogam pela manutenção do programa para atrair talentos globais, outros pedem por sua redução. A resposta a essa nova proposta será decisiva para o futuro do mercado de trabalho americano e das relações internacionais.