Essa abordagem agressiva por parte do novo presidente reflete uma continuidade nas políticas de nacionalismo econômico que caracterizaram sua administração anterior. Trump também deixou claro sua intenção de retirar os EUA de tratados internacionais, como a Organização Mundial da Saúde e o Acordo Climático de Paris, reforçando a ideia de que, independentemente de quem ocupa a Casa Branca, os interesses de Washington permanecem inalterados.
Lavrov comentou que essas ações demonstram a maneira pela qual Trump e sua equipe buscam garantir a predominância dos EUA sobre outras nações. O ministro russo observou que a postura do governo americano é baseada na necessidade de se manter sempre em uma posição de força em relação aos seus concorrentes.
Além disso, Trump já havia ameaçado anteriormente os países do BRICS com tarifas elevadas se não abandonassem seus planos de criar uma moeda alternativa ao dólar. Essa proposta encontra resistência, especialmente por parte do presidente russo, que argumenta que ainda é prematuro discutir uma moeda única para o bloco.
Esse cenário levanta questionamentos sobre o futuro das relações econômicas internacionais e a viabilidade de iniciativas como o BRICS, que busca promover uma maior integração entre as economias emergentes. A postura de Trump traz à tona as tensões existentes entre os interesses dos EUA e as aspirações de uma multipolaridade crescente no cenário global, onde nações como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul buscam alternativas que reduzam a dependência do dólar e elevem sua influência econômica.
Com a administração atual fazendo valer sua estratégia protecionista, será crucial observar como os países do BRICS responderão a tais pressões e quais medidas eles poderão adotar para afirmar sua soberania econômica e financeira no futuro imediato.