De acordo com as diretrizes do decreto, o Brasil terá a alíquota elevada para 50% em diversos produtos, o que representa um aumento substancial em comparação com os níveis anteriores. Além disso, o Canadá, outro parceiro comercial estratégico, verá suas tarifas saltarem de 25% para 35%. Países como Síria e Suíça também foram impactados, enfrentando tarifas de importação de 41% e 39%, respectivamente.
Embora as novas tarifas sejam significativas, algumas exceções foram destacadas. Aproximadamente 700 itens, relacionados a setores essenciais como agronegócio, energia e indústria aeronáutica, foram excluídos das tarifas. Nem tudo está perdido para o Brasil, uma vez que cerca de 43% das exportações brasileiras realizadas no último ano não enfrentaram impacto em decorrência das novas alíquotas, segundo a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil).
Com o início das tarifas marcado para 7 de agosto, o governo brasileiro já está se mobilizando para mitigar os efeitos adversos. O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que as negociações entre Brasil e Estados Unidos estão apenas começando. Ele enfatizou a importância de preservar empregos e buscar soluções que beneficiem ambos os mercados, pois acredita que o decreto representa uma situação de “perde-perde” para consumidores e mercados de ambos os países.
Alckmin reafirmou que ainda existem oportunidades para diálogo, apesar das formalizações das tarifas. A resposta brasileira a essas mudanças promete ser decisiva nos próximos meses, à medida que o governo busca estratégias que possam minimizar os danos causados pelas novas políticas comerciais de Trump. O cenário atual exige uma análise cuidadosa e proativa, uma vez que os impactos das tarifas podem reverberar em diversos setores da economia nacional.