Trump impõe tarifas de 10% a 50% sobre importações, Brasil é o país mais afetado e negociações são defendidas por Alckmin.

Na última quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que institui novas tarifas de importação sobre uma ampla gama de produtos provenientes de 70 países, incluindo o Brasil, que se destaca como o mais afetado. As tarifas, que variam entre 10% e 50%, têm como objetivo alterar as dinâmicas comerciais internacionais e têm gerado repercussões significativas no mercado.

De acordo com as diretrizes do decreto, o Brasil terá a alíquota elevada para 50% em diversos produtos, o que representa um aumento substancial em comparação com os níveis anteriores. Além disso, o Canadá, outro parceiro comercial estratégico, verá suas tarifas saltarem de 25% para 35%. Países como Síria e Suíça também foram impactados, enfrentando tarifas de importação de 41% e 39%, respectivamente.

Embora as novas tarifas sejam significativas, algumas exceções foram destacadas. Aproximadamente 700 itens, relacionados a setores essenciais como agronegócio, energia e indústria aeronáutica, foram excluídos das tarifas. Nem tudo está perdido para o Brasil, uma vez que cerca de 43% das exportações brasileiras realizadas no último ano não enfrentaram impacto em decorrência das novas alíquotas, segundo a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil).

Com o início das tarifas marcado para 7 de agosto, o governo brasileiro já está se mobilizando para mitigar os efeitos adversos. O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que as negociações entre Brasil e Estados Unidos estão apenas começando. Ele enfatizou a importância de preservar empregos e buscar soluções que beneficiem ambos os mercados, pois acredita que o decreto representa uma situação de “perde-perde” para consumidores e mercados de ambos os países.

Alckmin reafirmou que ainda existem oportunidades para diálogo, apesar das formalizações das tarifas. A resposta brasileira a essas mudanças promete ser decisiva nos próximos meses, à medida que o governo busca estratégias que possam minimizar os danos causados pelas novas políticas comerciais de Trump. O cenário atual exige uma análise cuidadosa e proativa, uma vez que os impactos das tarifas podem reverberar em diversos setores da economia nacional.

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