Além de estabelecer as novas tarifas, o governo dos Estados Unidos também revogou isenções de impostos e cotas que beneficiavam esses principais parceiros comerciais. Essa medida levanta preocupações especialmente nas siderúrgicas de países asiáticos, que temem os efeitos diretos sobre preços, rentabilidade e volumes de produção. A situação gerou reações imediatas, como a convocação de uma reunião de emergência pelo Ministério da Indústria da Coreia do Sul, em busca de estratégias para mitigar o impacto das tarifas na sua economia.
O Brasil, que se destacou como o segundo maior fornecedor de alumínio aos Estados Unidos em 2024, enfrenta um cenário desafiador, tendo enviado cerca de 4,08 milhões de toneladas do metal ao mercado norte-americano, o que representou 15,5% do total importado pelos EUA. O valor dessa transação girou em torno de US$ 2,99 bilhões, aproximadamente R$ 16,8 bilhões. Com o aumento das tarifas, as expectativas são de que o setor industrial brasileiro possa sofrer uma retração, prejudicando tanto as exportações quanto a competitividade das empresas locais.
Analistas do mercado global estão atentos a possíveis repercussões econômicas, como um aumento da inflação e um impacto negativo na atividade econômica em várias regiões. A comunidade internacional observa com cautela essas movimentações, que prometem intensificar disputas comerciais e gerar incertezas nos mercados, especialmente em um momento delicado para a economia global, já atingida por outras tensões comerciais. A implementação das tarifas não é apenas uma questão de política interna dos Estados Unidos, mas sim um reflexo das complexas relações comerciais que conectam diversas nações em um mundo globalizado.