De acordo com o comunicado da Casa Branca, essa nova abordagem visa apoiar a Síria na construção de um caminho rumo à estabilidade e à paz. O secretário de Estado, Marco Rubio, foi encarregado de avaliar o cumprimento dos critérios estabelecidos pela Lei César. Com base nessa análise, ele poderá decidir sobre a suspensão total ou parcial das sanções anteriores.
No entanto, apesar do alívio nas sanções, a administração americana deixou claro que as restrições contra o ex-presidente Assad e seus aliados permanecerão em vigência. Estes ainda são acusados de violações graves de direitos humanos, tráfico de drogas e uso de armas químicas. Além disso, o governo americano continuou sua política de designar a Síria como um Estado patrocinador do terrorismo, conforme a ordem dada por Trump.
Distantes da posição americana, vários países europeus já mostravam movimentos na direção da normalização de relações com Damasco. O Reino Unido, por exemplo, começou a suspender sanções em etapas, incluindo a flexibilização das restrições impostas ao Banco Central da Síria e outras instituições importantes. De maneira similar, a União Europeia, através de sua chefe da diplomacia, expressou a intenção de acabar com as sanções com a justificativa de ajudar o povo sírio a reconstruir uma nova nação inclusiva e pacífica.
Em meio a essa reconfiguração geopolítica, a Síria viveu o fim de uma era com a destituição de Bashar al-Assad, em um processo que culminou com a tomada de Damasco por forças opositoras em dezembro de 2024. O atual presidente interino, Ahmed al-Sharaa, assumiu a liderança do país em um período intenso de transição após anos de guerra civil. Essa nova fase política poderá abrir portas para a reconstrução e um possível restabelecimento das relações internacionais da Síria.