Embora os líderes tenham feito um pronunciamento ao final da reunião, os detalhes dos avanços alcançados permanecem vagos. Ambos concordaram em diversos pontos, mas não houve um acordo formal sobre a situação na Ucrânia. Trump, no entanto, manifestou otimismo, expressando que há “grandes chances” de que uma resolução possa ser alcançada em um futuro próximo.
A reunião é especialmente relevante no contexto das relações entre as duas nações, que foram prejudicadas por investigações durante o primeiro mandato de Trump, relacionadas a alegações de interferência russa nas eleições americanas de 2016. O presidente dos EUA comentou que sempre nutria uma boa relação com Putin, embora os desdobramentos político-legais tenham dificultado as interações bilaterais, especialmente em áreas como comércio.
Putin, por sua vez, recordou a história de colaboração entre os países, destacando momentos decisivos, como a aliança na Segunda Guerra Mundial. O líder russo enfatizou a importância dessa herança histórica na reconstrução de laços entre as nações, apontando que Trump demonstra um interesse em compreender as dimensões do conflito com a Ucrânia. Nesse sentido, Putin expressou a esperança de que a Ucrânia e outros países europeus não “sabote” as conversas, que ocorreram em um tom amistoso.
O líder russo também se referiu à Ucrânia como uma “nação irmã” e ressaltou o desejo de encontrar uma solução para o conflito. No entanto, ele reiterou que é fundamental tratar das preocupações de segurança que a Rússia tem em relação à Ucrânia antes que um acordo de paz pleno possa ser efetivado.
O encontro no Alasca representa não apenas um momento de diálogo, mas uma possibilidade de reencontro entre elos que, historicamente, foram importantes para ambos os países. Entre esperanças e desafios, a relação entre as duas potências se encontra em um ponto crítico, com o futuro da Ucrânia como uma de suas principais pautas.