Trump e Netanyahu se Reúnem em Busca de Paz no Oriente Médio sob Pressão por Criação de Estado Palestino e Críticas à Guerra em Gaza

Na última segunda-feira, 29 de setembro de 2025, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se reuniu com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca. O encontro tinha como foco a discussão de um novo plano de paz para Gaza, em um cenário marcado pelo crescente apoio internacional à criação de um Estado palestino.

A reunião ocorre em um momento de tensionamento diplomático para Israel, que enfrenta críticas intensas, tanto interna quanto externamente, devido à sua postura sobre o conflito com o Hamas. Vários países ocidentais recentemente formalizaram o reconhecimento da Palestina, uma medida que contraria as posições de Tel Aviv e de Washington. Essa mudança de postura global vem sendo interpretada como uma tentativa de restaurar a viabilidade da solução de dois Estados e de encontrar um caminho para encerrar as hostilidades na região.

Netanyahu, visitando Washington pela quarta vez desde que Trump reassumiu a presidência, busca reforçar os laços com seu principal aliado, enquanto enfrenta um isolamento diplomático e crescentes pressões em seu país. Durante a reunião, Trump expressou seu desejo de contar com o apoio de Netanyahu para um plano abrangente de paz, que não apenas visa a libertação de reféns, mas também propõe uma nova estrutura de diálogo entre Israel e os palestinos.

Este novo plano de paz, com 21 pontos, foi enviado a líderes de nações árabes e à ONU, propondo o fim dos ataques israelenses ao Catar e um reestabelecimento das negociações com os palestinos. Trump criticou Israel por ataques aéreos recentes em Doha e pediu a colaboração de aliados na região, como Arábia Saudita, Egito e Jordânia, para ajudar a pacificar as tensões.

Enquanto Netanyahu reafirma seu compromisso de erradicar o Hamas, a pressão sobre seu governo aumenta, especialmente após a escalada do conflito em Gaza desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, que deixou milhares de mortos. Além disso, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu por supostos crimes de guerra – um movimento que Israel rejeita completamente.

A reunião também deixou entrever possíveis divergências entre os líderes. Enquanto ministros israelenses sugerem a anexação da Cisjordânia como resposta aos recentes reconhecimentos palestinos, Trump se opõe a tal medida, temendo que isso possa comprometer os Acordos de Abraão, que estabeleceram relações diplomáticas entre Israel e países árabes durante sua administração anterior. O cenário global continua em constante mudança, e as repercussões dessa reunião certamente serão acompanhadas de perto nos meses seguintes.

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