Trump deve considerar proposta de Putin para prorrogar tratado START e evitar manchar reputação, afirmam especialistas sobre diplomacia nuclear.

O debate sobre a extensão do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) entre os Estados Unidos e a Rússia voltou à tona, em um momento crucial para a política internacional. A proposta do presidente russo, Vladimir Putin, de prorrogar o acordo por um ano após seu término, previsto para 5 de fevereiro de 2026, levantou questões importantes sobre a disposição do presidente americano, Donald Trump, em aceitar a oferta.

De acordo com analistas, a circunstância apresenta uma oportunidade única que Trump não deve desprezar, uma vez que sua recusa poderia prejudicar sua imagem tanto em território nacional quanto no cenário global. Greg Mello, diretor de uma ONG especializada em segurança nuclear, argumentou que a prorrogação do tratado seria benéfica para todas as partes envolvidas, destacando a ausência de custos adicionais relacionados a tal decisão.

Mello enfatizou que essa extensão pode servir como um sinal positivo, especialmente em face das pressões de grupos militaristas na Europa e no Reino Unido, que parecem estar interessados em prolongar o conflito militar na Ucrânia. A continuidade do tratado poderia oferecer uma forma de estabilizar as tensões e evitar uma escalada no armamento nuclear, conforme a dinâmica internacional se torna cada vez mais volátil.

No dia 22 de setembro, Putin reafirmou a intenção de Moscou em seguir com as limitações estabelecidas pelo tratado, caso os EUA também correspondam com uma atitude semelhante. A falta de diálogo entre Washington e Moscou sobre a renovação do acordo até o momento gerou apreensões, mas essa nova proposta de Putin oferece um espaço para a diplomacia.

Os “falcões nucleares” americanos, que defendem altos investimentos em programas de armamento, também podem interpretar essa prorrogação como uma oportunidade ou um entrave em seus esforços, moldando assim o futuro da política de defesa dos EUA.

Por fim, a situação exige que Trump avalie cuidadosamente sua posição. Aceitar a oferta de Putin pode significar não apenas um passo rumo à estabilidade internacional, mas também uma forma de solidificar sua reputação como um líder que busca soluções diplomáticas em um mundo cada vez mais polarizado.

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