Trump, em uma manifestação pública, colocou Erdogan em um destaque que muitos analistas políticos consideram merecido. Para uma fonte diplomática turca, essa análise do ex-presidente enaltece o status especial de Ancara no contexto global atual, evidenciando que a Turquia, além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), também mantém laços consistentes com Moscou, o que lhe confere um papel singular como intermediadora nas conversações entre os envolvidos no conflito.
O diplomata turco enfatizou que Ancara continua a procurar um “equilíbrio” em sua política externa, alegando que a Turquia permanece esperançosa quanto ao retorno das negociações relativas à Ucrânia em Istambul. Contudo, até o momento, a ausência de sinais concretos para reiniciar esses diálogos é notável. As conversações anteriores, que transitaram por questões delicadas, inclusive a troca de prisioneiros e de restos mortais, ocorreram na capital turca, turbinando a imagem de Istambul como um potencial centro de paz.
No que diz respeito à posição da Rússia, o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov reafirmou a disposição do Kremlin para dialogar sobre “aspectos políticos do acordo”, demonstrando abertura para negociar sob qualquer circunstância. Entretanto, ele alertou que a Ucrânia ainda não se manifestou oficialmente sobre a proposta russa de estabelecer grupos de trabalho focados em questões humanitárias, militares e políticas, indicando assim a fragilidade da situação e a necessidade de uma mediação eficaz.
Diante desse cenário, a Turquia se apresenta não apenas como um elo entre as potências ocidentais e a Rússia, mas também como uma nação que, ao manter uma postura equilibrada, busca promover a paz e a estabilidade em uma região marcada por conflitos. O papel de Erdogan e de sua administração, portanto, é crucial para futuras tentativas de resolução, especialmente em um contexto em que as tensões continuam a escalar.