Trump descarta Zelensky em negociações de paz e critica sua importância nas conversas sobre o conflito com a Rússia.

Em uma recente entrevista, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas sobre o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky. Trump afirmou que não considera Zelensky “importante o suficiente” para participar das negociações de paz entre Washington e Moscou. Essa afirmação destaca uma crescente tensão nas relações entre os Estados Unidos e a Ucrânia, especialmente no contexto das negociações de paz que buscam resolver o conflito em curso na região.

Trump, ao comentar sobre a atual situação, criticou a abordagem de Zelensky ao longo dos últimos três anos, quando o presidente ucraniano tem se reunido com o presidente Joe Biden. “Ele está em reuniões há três anos e nada foi conquistado. Então, não acho muito importante que ele esteja em reuniões”, declarou, sugerindo que as negociações sob a liderança de Zelensky não têm trazido resultados concretos.

Este desencontro de opiniões ocorre em um momento crucial, pois busca-se uma solução pacífica para o conflito que afeta a segurança e a estabilidade da Ucrânia. Recentemente, Washington e Moscou realizaram um encontro em Riad, na Arábia Saudita, para discutir a situação, mas surpreendentemente, não houve a participação de representantes ucranianos ou da União Europeia. Essa ausência reforça a percepção de que a Ucrânia pode estar sendo marginalizada nas conversas diplomáticas, um fator que Trump parece corroborar em suas críticas a Zelensky.

Adicionalmente, Trump argumentou que Zelensky não possui “cartas na manga” nas negociações com o Kremlin. Ele adicionou que o presidente ucraniano não estaria conseguindo fazer valer seus interesses e, em certo sentido, foi ainda mais incisivo ao afirmar que Zelensky não cumpriu acordos prévios relacionados à exploração de minerais. Neste contexto, também foi mencionado um potencial acordo sobre a exploração de minerais raros na Ucrânia, que, segundo Trump, poderia trazer investimentos significativos para o país.

No cerne das críticas de Trump está a argumentação de que os investimentos dos Estados Unidos na Ucrânia têm sido substanciais, enquanto a Europa, segundo ele, conseguiria compensações mais satisfatórias por seus próprios investimentos. Ele destacou que os Estados Unidos gastaram mais de 300 bilhões de dólares na Ucrânia, solicitando em contrapartida um acordo que inclua acesso a um valor equivalente a 500 bilhões de dólares em minerais raros.

Por fim, enquanto algumas fontes especulam sobre a viabilidade de futuros acordos, Trump afirmou que está convencido de que um acordo com Zelensky está próximo. O conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, também fez eco a essa ideia, afirmando que um acordo que concederia aos Estados Unidos acesso aos recursos de terras raras da Ucrânia está em vias de ser assinado. Essa movimentação pode indicar um novo cenário nas relações entre os EUA e a Ucrânia, dependendo, é claro, da disposição de Zelensky em atender às exigências de Washington.

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