A postura de Trump foi marcada por um forte tom de urgência e determinação. Ele não hesitou em classificar os cartéis como o que denominou de “Estado Islâmico do hemisfério ocidental”, comparando suas atividades violentas àquelas perpetradas por organizações terroristas reconhecidas globalmente. O presidente citou episódios de brutalidade atribuídos a essas organizações, reforçando a ideia de que a luta contra os cartéis deve ser tratada com a mesma seriedade que se aplica à luta contra o terrorismo.
As declarações de Trump foram acompanhadas por um pronunciamento do secretário de Defesa dos Estados Unidos, que também elevou a retórica ao referir-se aos cartéis como a “Al-Qaeda do nosso hemisfério”. Essa comparação sugere uma intensificação das estratégias de combate, com a promessa de perseguições e operações mais agressivas contra aqueles envolvidos com o narcotráfico.
A ênfase na questão dos cartéis surge em um momento de crescente tensão na região. Recentemente, os Estados Unidos enviaram navios de guerra ao Caribe, solidificando sua presença militar sob a justificativa de combate ao narcotráfico. Essa movimentação, no entanto, provocou desconfiança e resistência da Venezuela. O presidente Nicolás Maduro reagiu à situação ao ordenar a mobilização de 5 mil mísseis antiaéreos de fabricação russa, o que indica um aumento na tensão entre Caracas e Washington. Essa resposta ressalta a crescente complexidade do panorama geopolítico na América Latina, onde as questões relacionadas ao tráfico de drogas, à segurança e às relações internacionais estão cada vez mais entrelaçadas. A situação permanece delicada, e o futuro das operações americanas na região continua incerto.









