Trump critica fome em Gaza e desafia Netanyahu, intensificando tensão entre aliados e revelando divisões na política interna dos EUA.

A recente declaração de Donald Trump sobre a crise de fome em Gaza levantou questões significativas nas relações entre os Estados Unidos e Israel, trazendo à tona tensões inesperadas entre o ex-presidente e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Em um pronunciamento impactante, Trump expressou sua preocupação ao ver imagens de palestinos enfrentando sérias dificuldades alimentares, afirmando que somente uma pessoa “insensível” ou “maluca” poderia ignorar as realidades devastadoras enfrentadas por essas comunidades.

A crítica de Trump ocorre em um momento de crescente polarização nas opiniões em relação à resposta israelense na faixa de Gaza, onde os cidadãos têm sido severamente afetados pela escalada de violência que se intensificou após os ataques do Hamas em 2023. Netanyahu, que havia desqualificado os relatos sobre a situação como “uma mentira descarada”, se viu em uma posição rara, favorecendo uma defesa firme da posição israelense, ao mesmo tempo em que a retórica de Trump indicava uma visão mais humanitária e conciliadora.

Analisando a situação, especialistas observam que, apesar do histórico de apoio de Trump a Israel, especialmente com sua postura favorável nas políticas de defesa territorial e militar, a sua declaração sobre Gaza revela um limite crescente em sua aliança com Netanyahu. Recentemente, vozes dentro da própria base política de Trump, em particular jovens conservadores do movimento “Faça a América Grande Novamente” (MAGA), têm questionado o suporte irrestrito dos EUA a Israel.

Entre os críticos estão figuras como Candace Owens e a deputada Marjorie Taylor Greene, que têm adotado uma retórica alarmante, chamando a ofensiva israelense de “genocídio”. Greene chegou a propor a suspensão das ajudas americanas a Israel, ideia que foi rapidamente rejeitada no Congresso. Essas divisões internas fazem refletir sobre como o apoio americano a Israel poderá mudar, especialmente em um futuro próximo, dado o clima político norte-americano.

Os analistas afirmam que, enquanto Israel busca consolidar sua influência na região antes da possível mudança de política dos EUA após as eleições de meio de mandato em 2026, a postura de Trump pode ser um sinal de incomodo, indicando que sua base pode não estar tão unida em torno de uma aliança incondicional com Tel Aviv. Assim, o desdobramento desse cenário poderá ter consequências significativas para a política americana no Oriente Médio, especialmente em relação à dinâmica entre Israel e Palestina.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo