Em uma conversa informal com jornalistas antes de sua partida, Trump comentou sobre a possibilidade de se encontrar com Lula, relembrando que as conversas recentes na Assembleia Geral das Nações Unidas criaram “um clima positivo para novos diálogos”. Ele foi questionado especificamente sobre a possibilidade de diminuir a tarifa geral imposta de 50% a produtos brasileiros. O presidente americano enfatizou que a resposta a esse questionamento dependeria do desenrolar das negociações entre os dois países.
Embora os governos dos EUA e do Brasil ainda não tenham confirmado oficialmente a realização do encontro, ambos estariam organizando suas agendas para viabilizá-lo. Há um espaço no final da tarde do domingo, 26 de outubro, que poderia ser aproveitado para a conversa. Essa reunião é particularmente relevante, considerando os desafios enfrentados pela economia americana, que têm sido influenciados pela tarifa elevada imposta a produtos brasileiros. O setor de carnes, por exemplo, enfrenta dificuldades, e os preços dos cortes de carne alcançaram níveis recordes.
Lula, que chegou à Malásia após uma visita à Indonésia, expressou seu desejo de dialogar com Trump e afirmou que está aberto a discutir qualquer tópico. Ele ressaltou a importância de esclarecer percepções equivocadas sobre as tarifas que afetam o Brasil e, durante sua conversa, mencionou que pretende apresentar dados que demonstrem a robustez econômica do Brasil, desafiando a noção de que o país estaria em uma situação deficitária.
O presidente brasileiro também abordou a questão das sanções impostas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, destacando que não há assunto restrito em sua pauta. Lula enfatizou a necessidade de discutir as razões por trás dessas punições, que ele argumenta serem injustificáveis. Ao final, ele sinalizou que a inflação nos EUA, especialmente no que diz respeito aos preços dos alimentos, pode ser um ponto relevante nas negociações. “É preciso considerar que as medidas que prejudicam a economia de ambos os lados não são benéficas”, refletiu Lula, sinalizando a sua disposição para uma conversa construtiva entre as nações.









