Ele comentou sobre a situação atual ao afirmar: “Temos um longo caminho a percorrer, é muito cedo no governo.” Essa declaração provocou reações variadas, pois, de acordo com a 22ª Emenda da Constituição americana, um presidente está limitado a dois mandatos, consecutivos ou não. Apesar disso, Trump parece estar explorando possibilidades para contornar essa limitação.
Durante a entrevista, ele mencionou que há métodos que poderiam ser utilizados para reverter essa restrição. Quando questionado sobre uma hipotética candidatura do atual vice-presidente, J.D. Vance, e a possibilidade de este entregar a presidência a Trump após a eleição, o ex-presidente confirmou que esse seria, de fato, um dos possíveis caminhos.
Para que Trump possa realmente tentar alterar a Constituição e viabilizar essa candidatura, ele precisaria de uma nova emenda, que exigiria uma aprovação de dois terços em ambas as casas do Congresso americano. Em janeiro, um deputado do Tennessee introduziu uma proposta para facilitar essa mudança, mas o projeto não avançou nas discussões legislativas.
Outra alternativa seria a convocação de uma convenção de estados, conforme descrito no Artigo 5 da Constituição. Isso requereria a aprovação de dois terços dos estados, e a aprovação da emenda exigiria uma maioria de três quartos, o que representa um grande desafio, pois, até hoje, nenhuma convenção desse tipo foi bem-sucedida.
O cenário polêmico em torno da candidatura de Trump para um terceiro mandato gera expectativa e divisão nas opiniões públicas nos Estados Unidos, especialmente à medida que se aproximam novas eleições. A ousadia do ex-presidente em navegar por essas águas legislativas pode moldar o futuro da política americana de maneiras imprevistas.