Trump classifica Brasil como “péssimo parceiro comercial” e defende Bolsonaro em coletiva, gerando forte reação de Lula: “Nós não vamos ficar de joelho”.

Em um desdobramento surpreendente nas relações entre Brasil e Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump atacou o Brasil em uma coletiva de imprensa realizada na Casa Branca, destacando o país como um “péssimo parceiro comercial”. Suas declarações surgiram em meio a um contexto de tensões políticas e comerciais entre as duas nações, especialmente após o movimento do Brasil em direção a uma aproximação com a China.

Trump direcionou suas críticas especificamente às tarifas comerciais, alegando que o Brasil impõe encargos muito mais altos sobre bens norte-americanos, enquanto os Estados Unidos, segundo ele, não aplicam tarifas semelhantes. Durante a coletiva, fez referência ao processo judicial envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que as ações legais eram uma “execução política” e que Bolsonaro é um “homem honesto”. Essa defesa foi interpretada como uma tentativa de Trump de fortalecer laços com Bolsonaro, ao mesmo tempo em que criticava a democracia brasileira.

Em resposta imediata às observações de Trump, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil “não vai ficar de joelho” diante dos Estados Unidos. Lula contestou a alegação de Trump de que o Brasil não é um bom parceiro comercial, chamando suas afirmações de “mentira”. Durante um evento em Pernambuco, Lula reiterou a solidez das relações comerciais do Brasil e defendeu que o país se mantém firme em suas políticas, sem se submeter a pressões externas.

O presidente brasileiro também abordou a questão da legalidade do governo norte-americano, sugerindo que se a invasão do Capitólio em 2021 tivesse ocorrido no Brasil, Trump seria culpado e poderia ser julgado. Lula fez uma comparação direta, lembrando que, em sua visão, o respeito às leis e à democracia é essencial para qualquer nação.

Esses comentários refletem não apenas um desentendimento entre os líderes, mas também as complexas relações diplomáticas e comerciais que envolvem as duas maiores economias da América Latina e do continente americano. A situação levanta questões sobre o futuro das interações bilaterais, com Lula aparentemente buscando um posicionamento mais autônomo para o Brasil nas arenas internacional e comercial. Com a crescente influência da China na América Latina, o campo de batalha econômico se tornará cada vez mais complicado, exigindo que ambos os países reavaliem suas estratégias comerciais e alianças geopolíticas.

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