Trump Bloqueia Acordo da Nvidia com a China por Segurança Nacional, Afirmam Autoridades EUA

Altos funcionários do governo dos Estados Unidos exerceram uma pressão significativa sobre o ex-presidente Donald Trump para impedir um acordo de grande magnitude entre a Nvidia e a China, envolvendo a venda de chips de inteligência artificial de última geração. Este movimento foi amplamente motivado por preocupações relacionadas à segurança nacional, que se intensificaram nas últimas semanas.A questão ganhou destaque enquanto Trump se preparava para uma viagem à Ásia em outubro, durante a qual Jensen Huang, CEO da Nvidia, fez um apelo ao presidente para que o acordo fosse autorizado. Com um potencial de valor superior a dezenas de bilhões de dólares, a transação não apenas prometia expandir o acesso da Nvidia ao mercado chinês, mas também começou a ser considerada uma ameaça por assessores de Trump, que viam a venda como um risco para a segurança nacional do país.

Entre os conselheiros que se opuseram claramente ao acordo estavam o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, ambos com papéis fundamentais nas abordagens comerciais do governo. Em razão dessa oposição, a controversa venda dos chips Blackwell à China não figurou nas discussões entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula em Busan, na Coreia do Sul.

A Nvidia, entretanto, continua a esperar pela aprovação do governo dos EUA para avançar com uma versão menos potente de seus chips, destinada ao mercado chinês. Durante um evento da empresa antes da referida viagem à Ásia, Huang expressou preocupações sobre uma eventual saída dos Estados Unidos do mercado chinês. Mesmo com a falta de um acordo comercial formal entre Trump e Xi, algumas concessões foram feitas, incluindo debates sobre tarifas e a questão do fentanil. Os líderes concordaram em continuar as negociações, enfatizando a necessidade de abordar temas como chips e exportações.

Em um contexto mais amplo, as tensões em torno do comércio de tecnologia têm levado o Departamento de Comércio dos EUA a implementar novas restrições, visando proteger os interesses nacionais. Essas medidas buscam evitar o uso de tecnologias críticas por países considerados hostis, evitando que adversários possam desenvolver armas ou se envolver em atividades de vigilância em massa. O governo Biden ainda enfatiza que aliados de confiança terão acesso a essas inovações tecnológicas, posando para um cenário complexo entre competição econômica e segurança nacional.

Sair da versão mobile