Entre os conselheiros que se opuseram claramente ao acordo estavam o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, ambos com papéis fundamentais nas abordagens comerciais do governo. Em razão dessa oposição, a controversa venda dos chips Blackwell à China não figurou nas discussões entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula em Busan, na Coreia do Sul.
A Nvidia, entretanto, continua a esperar pela aprovação do governo dos EUA para avançar com uma versão menos potente de seus chips, destinada ao mercado chinês. Durante um evento da empresa antes da referida viagem à Ásia, Huang expressou preocupações sobre uma eventual saída dos Estados Unidos do mercado chinês. Mesmo com a falta de um acordo comercial formal entre Trump e Xi, algumas concessões foram feitas, incluindo debates sobre tarifas e a questão do fentanil. Os líderes concordaram em continuar as negociações, enfatizando a necessidade de abordar temas como chips e exportações.
Em um contexto mais amplo, as tensões em torno do comércio de tecnologia têm levado o Departamento de Comércio dos EUA a implementar novas restrições, visando proteger os interesses nacionais. Essas medidas buscam evitar o uso de tecnologias críticas por países considerados hostis, evitando que adversários possam desenvolver armas ou se envolver em atividades de vigilância em massa. O governo Biden ainda enfatiza que aliados de confiança terão acesso a essas inovações tecnológicas, posando para um cenário complexo entre competição econômica e segurança nacional.
