O grupo de ataque que acompanha o USS Gerald Ford é notavelmente robusto, incluindo três destróieres — USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill —, além de três esquadrões de caças F-18 e dois esquadrões de helicópteros MH-60. O USS Gerald Ford, considerado o porta-aviões mais avançado do mundo, foi incorporado à Marinha dos EUA em 2017 e possui a capacidade de operar até 90 aeronaves, reafirmando a supremacia naval americana na região.
Esse deslocamento militar não é um evento isolado. Na verdade, ele vem para reforçar a significativa presença militar dos Estados Unidos no Caribe, que já contava com diversos navios de guerra, jatos de combate e aviões bombardeiros. Analistas e especialistas consideram essa manobra uma “escalada expressiva” e uma “expansão significativa da campanha de pressão militar” contra o regime venezuelano. O Comando Sul, conhecido como US SOUTHCOM, afirmou que a operação objetiva “detectar e interromper atividades ilícitas” que possam ameaçar a segurança regional.
Esse incremento militar se dá em um contexto onde a violência já havia se intensificado, com relatos de confrontos armados e bombardeios direcionados a embarcações venezuelanas. Desde agosto, a administração Trump passou a classificar cartéis sul-americanos como organizações terroristas e acusou Maduro de liderar o Cartel de Los Soles, resultando em um aumento da recompensa por sua captura para impressionantes US$ 50 milhões. Essas ações somadas sinalizam que a disputa geopolítica na América Latina está se intensificando, aproximando-se de uma possível intervenção militar direta dos Estados Unidos na Venezuela.
