No entanto, o impacto da ordem tende a ser limitado, uma vez que nenhum Estado americano obriga a vacinação contra a covid-19 para os alunos do ensino fundamental e médio. Apenas 15 universidades ainda exigiam a imunização até o final do ano passado, de acordo com o grupo ativista No College Mandates.
O decreto orienta o Departamento de Educação e o Departamento de Saúde a desenvolver um plano para acabar com a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. Ainda não está claro quais fundos seriam utilizados como alavanca, considerando que a maior parte do financiamento federal para a educação é determinado pelo Congresso.
A medida do presidente Trump mira especificamente as vacinas contra a covid-19, que foram exigidas em alguns distritos, especialmente os mais progressistas, para estudantes que participavam de esportes ou para visitantes, incluindo pais. Pesquisas mostram que a exigência aumenta as taxas de imunização entre os estudantes e reduz a circulação do vírus, beneficiando a comunidade ao redor das escolas e universidades.
Apesar disso, a maior parte das políticas de obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 teve duração curta no país. O decreto não afeta as políticas estaduais que obrigam a vacinação das crianças em idade escolar contra outras doenças, como sarampo, caxumba, poliomielite, tétano, coqueluche e catapora.
É importante ressaltar que a assinatura deste decreto representa uma mudança na posição de Trump em relação às vacinas contra a covid-19. Durante a pandemia, o republicano defendeu os imunizantes, mas, na campanha eleitoral, passou a criticar escolas que exigiam a vacinação.
Além disso, o presidente Trump também reintegrou soldados dispensados por se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 e escolheu Robert F. Kennedy, conhecido por espalhar teorias da conspiração sobre vacinas, para chefiar o Departamento de Saúde. A nomeação de RFK enfrentou resistências, mas foi aprovada no Senado com a promessa de que não interferiria nas políticas de vacinação.