Trump fez questão de ressaltar que os Estados Unidos detêm mais armas nucleares do que qualquer outra nação, colocando a Rússia em segundo lugar e a China como um competidor em ascensão. Ele insinuou que, em um período de quatro a cinco anos, a China poderia alcançar a paridade com os EUA em termos de capacidade nuclear. “Faremos testes nucleares assim como outros países”, afirmou Trump, indicando uma postura mais agressiva em relação à segurança nacional e políticas militares.
Apesar dessa retórica contundente, o presidente também expressou o desejo de avançar para a desnuclearização global e sugeriu a possibilidade de um acordo entre os três países com maiores arsenais nucleares: Estados Unidos, Rússia e China. “Seria a melhor coisa”, declarou, buscando um equilíbrio entre a retórica de poderio militar e a diplomacia.
As reações a essas declarações não tardaram a surgir, especialmente a partir do Kremlin. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, contestou as alegações de Trump, afirmando que as acusações de que Moscou e Pequim estariam reiniciando testes nucleares “não correspondem à realidade”. Lavrov sublinhou que a Rússia e os Estados Unidos fazem parte de um sistema internacional de monitoramento de explosões subterrâneas, o que garante um nível de transparência e evita mal-entendidos.
A crescente tensão entre as potências nucleares e a possível reinstituição de testes por parte dos EUA levantam sérias preocupações sobre a estabilidade estratégica global. O Conselho de Segurança Nacional da Rússia alertou que uma medida dessa natureza poderia desestabilizar ainda mais o cenário internacional. Além disso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) advertiu que novos testes nucleares poderiam enfraquecer a segurança internacional já fragilizada.
Enquanto o mundo observa atentamente os desdobramentos, a retomada dos testes nucleares por parte dos EUA, caso se concretize, poderá ter implicações profundas nas relações internacionais e na dinâmica de segurança global.
