De acordo com dados da empresa Ward’s Intelligence, especializada em coleta de informações do setor automotivo e citada pela agência Reuters, aproximadamente um quarto dos veículos novos vendidos nos EUA no ano passado foram classificados como importados. Essa nova ameaça de sobretaxas é apenas mais um capítulo da série de medidas protecionistas adotadas por Trump desde que assumiu a presidência, em janeiro de 20.
Ao longo desse período, o presidente americano impôs diversas medidas de tarifas, incluindo a imposição de uma taxa de 10% sobre produtos chineses, tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e importações não energéticas do Canadá, além da cobrança de 25% sobre o aço e o alumínio a partir de 12 de março. Trump até mesmo orientou sua equipe econômica a elaborar um plano para implementar tarifas recíprocas contra países que tributam as importações dos EUA.
Essas medidas têm gerado instabilidade nos mercados financeiros, com oscilações na cotação do dólar e nos papéis negociados nas Bolsas. Além disso, economistas temem que o tarifaço de Trump possa resultar em uma nova alta da inflação, considerando que inicialmente as sobretaxas aumentarão o custo dos produtos vendidos aos americanos e dos insumos utilizados pelas fábricas.
Trump parece determinado a reformular as relações comerciais globais e incentivar empresas a transferir sua produção para os Estados Unidos, mesmo que isso implique em desafios econômicos e reações negativas nos mercados internacionais. Resta aguardar os desdobramentos dessa política protecionista e como ela impactará a economia mundial.