A mensagem de Trump é uma reafirmação da postura agressiva que ele já demonstrou anteriormente em relação ao comércio internacional e à posição do dólar como moeda de reserva global. Em suas palavras, ele afirmou que “não há qualquer chance de o BRICS substituir o dólar americano em transações internacionais e qualquer país que tentar pode dizer adeus aos EUA”. Essa declaração ressalta a pressão que a administração Trump pretende exercer sobre os membros do BRICS, que inclui grandes economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além das novas adições de Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
O BRICS, formado em 2006, tem se posicionado cada vez mais como um bloco que busca uma maior influência no cenário internacional, buscando alternativas ao modelo financeiro dominado pelo Ocidente. A desdolarização surge como uma das principais pautas do grupo, que já vem discutindo formas de reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais. A intenção de criar uma moeda única para facilitar o comércio entre seus membros é um sinal dessa ambição.
Trump também fez questão de frisar que a ideia de um BRICS que opere fora da hegemonia do dólar não será tolerada. Ele ressaltou que o comércio com os Estados Unidos é extremamente vantajoso e que qualquer tentativa de cooperação econômica que ignore o dólar terá consequências sérias. Essas declarações provocam um alerta para as economias que tentam diversificar suas relações comerciais e desafiar a influência americana na economia global, intensificando um debate que já é bastante polarizado no sistema econômico internacional. O futuro da relação entre os Estados Unidos e os países do BRICS, portanto, pode ser marcado por tensões comerciais que afetam não apenas as economias envolvidas, mas também o panorama econômico global.