Durante uma reunião recente em Nova York, o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, junto ao genro do presidente, Jared Kushner, transmitiram a mensagem de que a aceitação do plano proposto pelo governo americano é crucial para a estabilidade e a imagem do país. Os diplomatas alertaram Netanyahu e seu ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, sobre os riscos associados ao prolongamento do conflito, citando que encerrá-lo poderia, na verdade, fortalecer a posição de Israel no cenário global.
Trump, em declarações impactantes, enfatizou que não permitirá a anexação da Cisjordânia por Israel, um ponto que acreditam ser uma linha vermelha para a comunidade internacional. Essas afirmações são vistas como uma clara tentativa de afastar Netanyahu de planos que poderiam desestabilizar ainda mais a região. O ex-presidente mencionou ter discutido diretamente esses assuntos com o premiê israelense, reforçando a sua posição com líderes árabes ao buscar apoio para a implementação de seu plano de paz.
Uma nova reunião entre Trump e Netanyahu está agendada para a próxima segunda-feira, onde se espera que os dois líderes discutam ações futuras diante da complexa situação em Gaza. O plano de paz, que foi apresentado a líderes muçulmanos e prevê 21 pontos, visa restaurar o diálogo e encontrar uma solução duradoura para o conflito.
Apesar das pressões internacionais e das propostas de paz, Netanyahu se mantém firme em sua posição, reiterando que nunca aceitará a criação de um Estado palestino, mesmo após reconhecimento formal da Palestina por várias nações, como Reino Unido, França e Canadá. A persistência dessa postura pode complicar ainda mais as tentativas de mediação e contribuir para um aprofundamento da crise na região.