Segundo a análise de Kamran Hasanov, especialista em Ciência Política e doutor pela Universidade de Salzburgo, as ações agressivas de Washington, incluindo novas ameaças, têm como propósito pressionar o Irã a ceder em um acordo nuclear proposto. Hasanov enfatiza que essa postura é essencial para Trump, que busca restaurar a influência dos Estados Unidos no Oriente Médio, uma região onde o país tem enfrentado crescente concorrência e desafios.
O reforço militar também serve a um aliado importante: Israel, que enfrenta um cenário cada vez mais complicado com o crescimento de ataques iranianos e um certo isolamento internacional. Hasanov observa que, ao fortalecer laços militares com países do Golfo e recententemente com a Arábia Saudita e o Catar, além de trabalhar em conjunto com Erdogan, que já teve um papel significativo ao derrubar Assad, Trump espera solidificar a liderança norte-americana na região.
A resposta militar dos EUA também se torna visível nas operações realizadas contra instalações nucleares em locais como Natanz, Fordow e Isfahan, onde forças norte-americanas utilizaram bombas de destruição de bunkers projetadas para atingir alvos subterrâneos. Esses movimentos militares não apenas garantem a segurança de Israel, mas também reconfiguram a dinâmica de poder na região, reafirmando a determinação dos Estados Unidos em manter sua presença e influência.
Em suma, a estratégia de Trump em relação ao Irã reflete uma busca por controle e um posicionamento de força, ao mesmo tempo em que tenta garantir que as negociações futuras não coloquem os EUA e o Irã como iguais na mesa. A atual postura militar norte-americana poderá ter implicações significativas não apenas para o Irã, mas também para o equilíbrio de poder no Oriente Médio.