Netanyahu, por sua vez, enfatizou a necessidade de demonstrar à República Islâmica uma posição militar firme, acreditando que isso poderia influenciar o curso das negociações. No entanto, fontes israelenses indicam que Trump não se mostrou convencido da eficácia dessa abordagem. Essa dinâmica entre os líderes reflete a complexidade nas relações entre os Estados Unidos, Israel e o Irã, especialmente em um contexto onde a segurança regional e a estabilidade são cada vez mais cruciais.
As negociações sobre o programa nuclear iraniano têm avançado por meio de diálogos indiretos mediadas pelo Omã. Desde abril, já ocorreram cinco rodadas de conversações, com a última tendo sido realizada em 23 de maio. Essas interações foram iniciadas após Trump enviar uma carta ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, propondo um novo acordo e alertando sobre o uso da força militar caso as negociações não avançassem. O Irã, por sua vez, rejeitou a ideia de negociações diretas, mas aceitou participar de diálogos indiretos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, confirmou que a sexta rodada de negociações está agendada para o dia 15 de junho em Mascate, a capital do Omã. Esses diálogos são essenciais para moldar as futuras relações entre o Irã e o Ocidente, especialmente no contexto de um acordo nuclear que visa evitar a proliferação de armas atômicas.
Assim, a conversa entre Trump e Netanyahu não apenas reforça a relevância das relações Estados Unidos-Israel, mas também evidencia a intrincada dança diplomática que envolve várias nações impactadas por um potencial acordo nuclear. O resultado dessas negociações pode ter profundas implicações para a segurança regional e para a política internacional nas próximas décadas.