Trump alega que, na África do Sul, membros da comunidade africâner — descendentes de colonos europeus — estão sendo sistematicamente perseguidos, e suas propriedades, ilegalmente confiscadas. “Africâneres estão sendo mortos e massacrados, e suas terras estão sendo tomadas sem qualquer compensação”, reafirmou o presidente, classificando a situação como um “genocídio de brancos”.
Essa não é a primeira vez que o presidente americano aborda o tema durante a administração do seu governo. Em maio deste ano, durante uma visita do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, a Washington, Trump confrontou o líder africano em uma coletiva de imprensa, levantando preocupações sobre a segurança e os direitos dos fazendeiros brancos no país. Ele criticou ainda uma nova legislação de terras, projetada para corrigir injustiças históricas herdadas do apartheid, regime que segregou a população negra em pequenas áreas durante décadas.
Em resposta, Ramaphosa negou qualquer alegação de perseguição aos africâneres, caracterizando as declarações de Trump como “completamente falsas”. Vale destacar que as narrativas sobre um suposto “genocídio branco” ganharam força entre grupos de extrema-direita desde o fim do apartheid, em 1994. Influentes vozes dessa causa, como o empresário sul-africano Elon Musk, também têm promovido essa narrativa.
Enquanto isso, Trump já manifestou seu interesse em participar da cúpula do G20 de 2026, que ocorrerá em Miami, nos Estados Unidos. O republicano demonstrou o desejo de que a conferência seja realizada em seu resort de golfe, o Trump National Doral, localizado na Flórida, uma estratégia que pode alinhar seu apelo político com interesses de seu negócio pessoal.
