Trudeau fez referência a uma guerra comercial anterior iniciada por Trump durante seu primeiro mandato, período em que o então presidente ameaçou tarifas de 10% sobre produtos canadenses, justificando essas medidas com questões de segurança nacional. Naquele momento, o governo canadense se preparou para retaliar imediatamente, impondo impostos sobre uma ampla gama de produtos americanos. Agora, diante da nova ameaça, o primeiro-ministro reitera sua disposição para reagir da mesma forma, afirmando que os cidadãos dos EUA também sentirão os efeitos de tais políticas.
A situação se torna ainda mais complexa com as declarações provocativas de Trump, que não só menciona tarifas, mas também sugere a anexação do Canadá como um novo estado americano. Em resposta a isso, Trudeau foi enfático em rejeitar a ideia de que o Canadá se tornaria o 51º estado dos EUA. Ele salientou que a atenção deve ser direcionada aos impactos econômicos das ameaças tarifárias, que afetariam principalmente o setor de aço e alumínio.
Vale mencionar que Trudeau, que anunciou sua saída do cargo em março deste ano, está utilizando essa estratégia de enfrentamento num momento em que sua administração está sob pressão. A política de tarifas e retaliações representa um campo de batalha significativo nas relações entre os dois países, que historicamente têm uma das maiores fronteiras comerciais do mundo. Com os ventos de mudanças políticas soprando nos EUA, o cenário futuro pode trazer novos desafios, não apenas para o Canadá, mas para toda a dinâmica econômica da América do Norte.