Troca presidencial nos EUA impacta geopolítica mundial: Trump promete medidas protecionistas e intensificação do controle migratório; maioria no Congresso facilita aprovação.

No próximo dia 20 de janeiro, Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos da América, uma troca de poder no Executivo que mexe com o xadrez da geopolítica internacional. Os analistas já apontam para um governo republicano voltado para a política doméstica, com tendências protecionistas.

Segundo Fernanda Nancy Gonçalves, professora de Relações Internacionais da UERJ, é esperado um aprofundamento da política nacionalista e protecionista na economia americana, com o foco no “America First” promovido por Trump. Medidas como a intensificação do controle migratório também são vistas como possíveis realidades no governo do presidente eleito.

Além disso, a maioria no Congresso deve facilitar a administração de Trump, permitindo a aprovação de suas propostas e medidas com maior facilidade. No entanto, Guilherme Frizzera alerta para um possível foco de vingança pessoal por parte do presidente, com planos de atuar como líder autoritário desde o primeiro dia de mandato.

No cenário internacional, a intensificação da guerra comercial entre EUA e China é destacada pelos especialistas. A restrição a produtos chineses, como carros elétricos, evidenciam a relação direta entre os interesses dos grandes empresários americanos e a política externa de Trump.

Em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia, os analistas preveem uma demora na implementação devido à necessidade de ratificação pelos Estados membros, especialmente diante da oposição de países como França, Áustria e Holanda. Apesar disso, o acordo é visto como uma possibilidade de fortalecimento do multilateralismo em um cenário global de crescente protecionismo.

Na Alemanha, a antecipação das eleições revela um cenário incerto, com a possibilidade de vitória da extrema-direita representada pelo partido AfD. Isso poderia promover uma mudança significativa no cenário político alemão e impactar diretamente a União Europeia em temas como imigração e integração econômica.

Por fim, a COP-30, que será sediada no Brasil em Belém, é vista como um marco na discussão internacional sobre mudanças climáticas e transição energética. O protagonismo do Brasil nesse evento é destacado, mesmo diante de um enfraquecimento da agenda climática durante o governo de Bolsonaro. Para os especialistas, a conferência terá um peso maior que as anteriores, refletindo a importância da política ambiental na diplomacia brasileira.

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