As crianças nasceram de mães diferentes, uma em Craíbas e outra em São Sebastião, cidades vizinhas a Arapiraca. O erro na troca foi percebido há seis meses, por meio das redes sociais, e desde então as famílias enfrentam o dilema de não querer desfazer a troca, mas ao mesmo tempo desejam recuperar o elo que foi interrompido.
A mãe de São Sebastião deu à luz a duas crianças gêmeas do sexo masculino no Hospital Regional de Arapiraca, ao mesmo tempo em que uma mulher de Craíbas também deu à luz um menino na mesma unidade de saúde. Por um equívoco, um dos gêmeos acabou sendo trocado e criado pela mãe de Craíbas, enquanto a terceira criança foi entregue à genitora dos gêmeos.
Durante dois anos, a mãe dos gêmeos suspeitava que algo estava errado, pois as crianças eram muito diferentes. No entanto, a descoberta só foi feita em 2024, quando um vídeo publicado nas redes sociais mostrava a criança trocada, idêntica ao filho que ela pensava ser biológico.
Após confrontar a família de Craíbas, foi feito um exame de DNA que confirmou a troca das crianças. Agora, as famílias tentam lidar com essa situação, já que ambas se apegaram aos filhos que criaram desde o nascimento.
Uma decisão judicial determinou que as famílias realizem visitas periódicas, levando as crianças de um lar ao outro. Enquanto isso, a Polícia Civil investiga o caso para entender como a troca ocorreu dentro do hospital, seguindo uma recomendação do Ministério Público Estadual.
Esse caso nos faz refletir sobre a importância dos protocolos e cuidados necessários durante os processos de parto e nascimento, garantindo a segurança e integridade das famílias. A busca por soluções amigáveis e a reconstrução dos laços familiares são fundamentais para o bem-estar das crianças e de todos os envolvidos.