De acordo com a administradora judicial, a Editora Três não efetuou pagamentos a diversos credores, sobretudo os trabalhistas, e não apresentou provas de quitação das dívidas. Mesmo após solicitar o encerramento do processo de recuperação judicial, a editora não conseguiu fornecer explicações satisfatórias, levando o magistrado a decretar a falência da empresa.
A determinação judicial estabelece que a administradora judicial terá um prazo de 10 dias para apresentar uma lista de credores, após descontar possíveis pagamentos realizados durante a recuperação e incluir os créditos que não estavam abrangidos pelo processo.
O sindicato dos jornalistas profissionais no Estado de São Paulo denunciou que a Editora Três vinha atrasando os salários dos funcionários há um longo período, provocando uma greve que já se estendia por quase um mês. O impacto da falência da empresa também se refletiu na interrupção das versões impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, cuja transição para o meio digital foi anunciada em 24 de janeiro. A revista IstoÉ, em circulação desde 1976, e a IstoÉ Dinheiro, desde 1997, deixarão de ser veiculadas em formato físico.
A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo repercutiu negativamente no meio editorial e entre os profissionais do setor, evidenciando os desafios enfrentados pelas empresas de comunicação em um cenário de transformações digitais e instabilidade econômica no Brasil.