Tribunal de Justiça de SP decreta falência da Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, após descumprir plano de recuperação.

O Tribunal de Justiça de São Paulo tomou uma decisão crucial nesta segunda-feira, 3, ao determinar a falência da renomada Editora Três, responsável pelas publicações das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro. O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho destacou, na sentença, que a empresa descumpriu as obrigações estabelecidas no plano de recuperação judicial.

De acordo com a administradora judicial, a Editora Três não efetuou pagamentos a diversos credores, sobretudo os trabalhistas, e não apresentou provas de quitação das dívidas. Mesmo após solicitar o encerramento do processo de recuperação judicial, a editora não conseguiu fornecer explicações satisfatórias, levando o magistrado a decretar a falência da empresa.

A determinação judicial estabelece que a administradora judicial terá um prazo de 10 dias para apresentar uma lista de credores, após descontar possíveis pagamentos realizados durante a recuperação e incluir os créditos que não estavam abrangidos pelo processo.

O sindicato dos jornalistas profissionais no Estado de São Paulo denunciou que a Editora Três vinha atrasando os salários dos funcionários há um longo período, provocando uma greve que já se estendia por quase um mês. O impacto da falência da empresa também se refletiu na interrupção das versões impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, cuja transição para o meio digital foi anunciada em 24 de janeiro. A revista IstoÉ, em circulação desde 1976, e a IstoÉ Dinheiro, desde 1997, deixarão de ser veiculadas em formato físico.

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo repercutiu negativamente no meio editorial e entre os profissionais do setor, evidenciando os desafios enfrentados pelas empresas de comunicação em um cenário de transformações digitais e instabilidade econômica no Brasil.

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