Tribunal de Justiça de Mato Grosso freta jatinho para desembargadores se reunirem com ministro do CNJ em Brasília



O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) gerou polêmica ao fretar um jatinho para levar três desembargadores e um juiz a Brasília. A viagem ocorreu para uma reunião com o ministro Mauro Campbell Marques, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e teve retorno no mesmo dia.

O desembargador José Zuquim Nogueira, presidente do Tribunal de Justiça, estava presente no voo e foi ele quem autorizou a despesa. Segundo a nota divulgada pelo Tribunal de Mato Grosso, o fretamento foi considerado necessário para conciliar a agenda com os compromissos institucionais do presidente, destacando a extensa dimensão territorial do estado como justificativa.

Além do presidente, os desembargadores Rodrigo Roberto Curvo e José Luiz Lindote, juntamente com o juiz Túlio Dualibi Alves Souza, também participaram da viagem. Os magistrados receberam meia-diária no valor de R$ 686,78 como parte do auxílio para despesas.

A situação inusitada do fretamento da aeronave veio à tona após a divulgação pelo UOL e confirmação pelo Estadão. Vale ressaltar que o Tribunal de Mato Grosso já estava sob os holofotes do Conselho Nacional de Justiça desde dezembro, quando autorizou o pagamento de um polêmico auxílio-alimentação de R$ 10 mil aos magistrados e servidores do estado, conhecido como “vale-peru”.

A decisão do CNJ de suspender o pagamento por considerar o valor exorbitante levou o Tribunal de Mato Grosso a pedir a devolução do dinheiro. Porém, servidores acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a devolução do benefício.

Além do vale-peru, o Tribunal de Mato Grosso também foi alvo de críticas por contratar um músico profissional para cuidar da preparação vocal dos servidores do coral e um artista plástico para pintar o busto da ex-presidente do tribunal.

Diante das polêmicas envolvendo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o caso segue em destaque e desperta questionamentos sobre a transparência e a gestão de recursos públicos no poder judiciário.

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