TRF-1 Reconhece Dilma Rousseff como Anistiada Política e Concede Indenização de R$ 400 Mil por Perseguição Durante a Ditadura Militar

Nesta semana, a 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) tomou uma decisão significativa ao reconhecer, por unanimidade, a condição de anistiada política da ex-presidente Dilma Rousseff. O tribunal determinou a concessão de reparação econômica mensal e contínua, além de um pagamento de R$ 400 mil a título de indenização por danos morais. Essa decisão marca um relevante passo para a justiça histórica em relação às violações de direitos humanos ocorridas durante o período da ditadura militar no Brasil.

O colegiado revisou uma sentença anterior que limitava a compensação a um montante único, entendendo que a ex-presidente foi alvo de severa perseguição política, enfrentando prisão e torturas tanto físicas quanto psicológicas. Esses eventos não apenas impactaram sua vida pessoal, mas também contribuíram para um contexto mais amplo de luta pelos direitos humanos no país.

A condição de anistiada já havia sido reconhecida administrativamente pela Comissão de Anistia, mas a disputa judicial girava em torno da natureza da reparação a ser concedida. Os desembargadores, ao analisarem o caso, embasaram sua decisão na Lei da Anistia, estabelecendo que Rousseff tem direito a uma reparação econômica mensal. Esta quantia será calculada com base no salário que recebia antes de sua carreira ser interrompida pela repressão política.

O relator do caso, desembargador João Carlos Mayer Soares, salientou que as agressões sofridas por Dilma causaram “sequelas físicas e abalos psicológicos duradouros”, uma razão poderosa para a concessão da indenização por danos morais. A justiça foi, assim, uma tentativa de reconhecer e reparar as profundas cicatrizes deixadas por um período sombrio da história brasileira.

O valor específico da reparação econômica mensal ainda será definido em uma fase posterior, que levará em consideração a prescrição quinquenal e os parâmetros salariais do cargo que Rousseff ocupava antes de ser perseguida. A decisão não só simboliza uma reparação individual, mas também um reconhecimento coletivo das injustiças enfrentadas por muitos durante os anos de repressão.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo