De acordo com os dados levantados, 60,2% dos eleitores de esquerda preferem que Lula seja o candidato desse campo político. Em seguida, aparecem Haddad com 9%, Boulos com 8,8%, João Campos com 7,9%, Alckmin com 5,2% e José Dirceu com apenas 1%.
Quando o cenário é analisado sem a presença de Lula como candidato, Haddad é apontado como o favorito por 31,3% dos eleitores de esquerda, seguido por Guilherme Boulos com 17,5% e João Campos com 12,7%. José Dirceu, que teve suas condenações anuladas recentemente, tem 3,3% de preferência. Além disso, 13,5% dos entrevistados não escolheriam nenhum dos nomes apresentados e 6,7% não souberam ou não responderam.
A pesquisa, que entrevistou 2002 pessoas pessoalmente em seus domicílios, apontou uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. Os resultados foram compilados pelo instituto MDA.
O embate político entre Guilherme Boulos e João Campos tornou evidente o racha na esquerda em busca de uma liderança forte para suceder Lula. Com o petista provavelmente disputando sua última eleição presidencial em 2026, partidos e integrantes enfrentam a decisão de abrir mão de espaços e dogmas para compor com outros campos políticos, inclusive flertando com a direita, ou manter os ideais da esquerda, preservando sua identidade política.
O debate sobre o futuro da esquerda se intensifica, especialmente após os resultados aquém do esperado nas eleições de 2024 em nível nacional. A incerteza paira sobre o caminho a ser seguido pela esquerda brasileira, que terá que tomar decisões cruciais para seu futuro político.