Três membros do PCC são condenados a 66 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado em Alagoas após investigação do Ministério Público.

Três membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das organizações criminosas mais influentes do Brasil, foram recentemente condenados a um total significativo de 66 anos e dois meses de prisão. O julgamento, que se estendeu por mais de 14 horas e finalizou na noite de quinta-feira, abordou o homicídio triplamente qualificado de Luiz Henrique Custódio de Araújo, que ocorreu em maio de 2020, na região da Cidade Universitária, em Alagoas.

Os réus, identificados como Carlos Alexandre de Mesquita, Felipe Lopes da Silva e Rafael Diego Peixoto, enfrentaram acusações graves que envolvem homicídio motivado por razões torpes, o uso de meios cruéis e um ataque que impediu a defesa da vítima, além da associação a uma organização criminosa. As penas individuais foram definidas com precisão: Rafael Diego Peixoto recebeu a pena mais severa, totalizando 32 anos, 7 meses e 15 dias. Carlos Alexandre foi sentenciado a 28 anos, 6 meses e 14 dias, enquanto Felipe Lopes cumprirá 4 anos, 11 meses e 15 dias.

A investigação que resultou nas condenações foi fruto do trabalho diligente do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), que, por meio das operações “Damas do Crime” e “Cruz das Almas”, conseguiu comprovar o envolvimento ativo dos réus nas atividades do PCC. O promotor Rodrigo Lavor enfatizou que foram utilizados elementos sólidos que evidenciaram a participação dos réus em um crime violento, que culminou na morte brutal de Luiz Henrique. Ele foi atacado de maneira covarde, sendo alvejado por tiros e atingido com pedras que desfiguraram seu rosto, enquanto estava desarmado e desprotegido, próximo a um campo de futebol. O MPAL apurou que o crime foi motivado por desavenças ligadas a uma ligação da vítima com uma integrante do grupo.

Os condenados já possuíam um histórico criminal robusto, com envolvimentos prévios em atividades relacionadas ao tráfico de drogas e homicídios em diversas partes do Brasil. A gravidade da situação ressalta a complexidade do combate ao crime organizado no país e a importância das ações do sistema de justiça para enfrentar organizações como o PCC, que continuam a desafiar a ordem pública e a segurança da sociedade.

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