O tribunal avaliou que Zambelli comprometeu a lisura do processo eleitoral ao divulgar vídeos e postagens que questionavam a veracidade dos resultados eleitorais. Dentre as alegações, estavam ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a denúncia infundada de que urnas eletrônicas teriam sido manipuladas em uma cidade de São Paulo. O julgamento deste caso havia sido suspenso em dezembro do ano passado para que a juíza Maria Cláudia Bedotti pudesse realizar uma análise mais aprofundada.
É importante destacar que, apesar da decisão do TRE-SP, a cassação não terá efeito imediato, já que Zambelli possui o direito de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, ela poderá continuar exercendo seu mandato até que todos os recursos legais sejam esgotados. Com a decisão, Zambelli enfrenta a possibilidade de ficar inelegível por um período de oito anos, em decorrência do uso indevido dos meios de comunicação e do abuso de poder político.
Em meio a esse cenário, Carla Zambelli, que mantém uma postura crítica em relação ao governo atual, afirmou que está pronta para recorrer da decisão e que continuará a atuar como deputada. Além de enfrentar o processo no TRE, Zambelli também é ré na Suprema Corte junto com o hacker Walter Delgatti Neto. Ambos são acusados de invasão de sistemas informáticos, relacionada à violação do Conselho Nacional de Justiça. As repercussões de suas ações podem impactar não apenas suas carreiras políticas individuais, mas também a confiança do público nas instituições eleitorais do Brasil.