TRE-SP cassa mandato de Carla Zambelli e afirma que deputada pode ficar inelegível por oito anos por abuso de poder e fake news eleitorais.



Na última quinta-feira, dia 30 de janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, por uma votação de 5 a 2, pela cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo. A decisão é resultado de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que tinha como autora a deputada Sâmia Bomfim, do PSOL. A acusação contra Zambelli foi de abuso de poder político, especificamente por sua atuação na disseminação de informações consideradas falsas sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro durante as eleições de 2022.

O tribunal avaliou que Zambelli comprometeu a lisura do processo eleitoral ao divulgar vídeos e postagens que questionavam a veracidade dos resultados eleitorais. Dentre as alegações, estavam ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a denúncia infundada de que urnas eletrônicas teriam sido manipuladas em uma cidade de São Paulo. O julgamento deste caso havia sido suspenso em dezembro do ano passado para que a juíza Maria Cláudia Bedotti pudesse realizar uma análise mais aprofundada.

É importante destacar que, apesar da decisão do TRE-SP, a cassação não terá efeito imediato, já que Zambelli possui o direito de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, ela poderá continuar exercendo seu mandato até que todos os recursos legais sejam esgotados. Com a decisão, Zambelli enfrenta a possibilidade de ficar inelegível por um período de oito anos, em decorrência do uso indevido dos meios de comunicação e do abuso de poder político.

Em meio a esse cenário, Carla Zambelli, que mantém uma postura crítica em relação ao governo atual, afirmou que está pronta para recorrer da decisão e que continuará a atuar como deputada. Além de enfrentar o processo no TRE, Zambelli também é ré na Suprema Corte junto com o hacker Walter Delgatti Neto. Ambos são acusados de invasão de sistemas informáticos, relacionada à violação do Conselho Nacional de Justiça. As repercussões de suas ações podem impactar não apenas suas carreiras políticas individuais, mas também a confiança do público nas instituições eleitorais do Brasil.

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