TRE de Alagoas anula votos de João Catunda e reverte vaga para Nivaldo Albuquerque após acusações de captação ilícita de recursos na campanha eleitoral.

Em uma decisão impactante, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) determinou, na última segunda-feira, a anulação dos votos do deputado João Catunda, eleito em 2022. Com essa medida, o ex-deputado Nivaldo Albuquerque, do partido Republicanos, ganha uma nova chance na política ao retornar à Câmara dos Deputados, ocupando a vaga anteriormente atribuída ao deputado Paulão, do PT.

A anulação dos votos de Catunda foi oriunda de uma ação movida pelo Republicanos, que acusou o deputado de captação ilícita de recursos durante sua campanha eleitoral. Segundo as alegações, ele teria utilizado recursos do Sindicato dos Servidores da Saúde do Município de Maceió (Sindsaúde) para financiar a produção de material gráfico de campanha, uma prática vedada pela legislação eleitoral vigente. As práticas questionadas ocorreram em agosto de 2022, coincidentemente durante uma manifestação organizada por servidores municipais.

Durante o processo de investigação, surgiram detalhes que trouxeram um novo tempero à narrativa. O responsável pela gráfica que produziu os panfletos declarou à relatora do caso, desembargadora Silvana Lessa Omena, que a inclusão do CNPJ de João Catunda nos materiais foi um erro e não intencional. Por sua vez, Tarsys Henrique Gama dos Santos, presidente do Sindsaúde, assegurou que o custo do material gráfico foi integralmente coberto com recursos do sindicato e que não tinha qualquer relação com atividades eleitorais.

A decisão do TRE-AL, ao anular os 24.754 votos de Catunda, resultou em uma nova composição do quociente eleitoral, favorecendo Nivaldo Albuquerque. A nova configuração não apenas altera a composição da bancada alagoana na Câmara, mas também destaca um dos episódios mais significativos da política alagoana nos últimos anos. Com essa reviravolta, novos desdobramentos e discussões devem surgir, especialmente no que diz respeito à ética e à legalidade nas campanhas eleitorais no estado. A situação acende um alerta sobre a vigilância necessária nas práticas de financiamento de campanhas, um tema sempre em pauta nas discussões políticas.

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