O Observatório da Desinformação não é apenas uma parceria interinstitucional, mas também interdisciplinar, com a participação dos Institutos de Computação e Ciências Sociais da Ufal. O projeto visa unir esforços de pesquisadores e agentes sociais para enfrentar o desafio das informações falsas em um cenário cada vez mais influenciado pela Inteligência Artificial e pelas redes sociais. A docente do ICS, Andréa Moreira, destacou a importância de garantir uma estrutura de checagem eficaz em até dois anos, visando desmentir as informações falsas durante as eleições.
A coordenadora do Núcleo Interinstitucional de Enfrentamento da Desinformação (NED-TRE/AL), Flávia Gomes de Barros, ressaltou a preocupação dos Tribunais Eleitorais em preservar o sistema eleitoral brasileiro das difamações promovidas por forças políticas que utilizam a desinformação como estratégia de campanha. O Ministério Público Federal também está engajado nesse combate, buscando coibir as mentiras fabricadas durante o processo eleitoral.
O encontro contou com a presença do Laboratório Orion, da Ufal, que contribui com o aporte tecnológico do projeto. O coordenador do laboratório, André Aquino, expressou a necessidade de definir o escopo inicial do Observatório, os possíveis desdobramentos e os custos de implantação para viabilizar futuros convênios de cooperação entre as instituições envolvidas. Um grupo de trabalho foi formado e terá a responsabilidade de finalizar o escopo e estudar as cartas de intenções para dar continuidade ao projeto.
Essa parceria entre TRE-AL, MPF, Ufal e SECTI representa um importante avanço na luta contra a desinformação em Alagoas, com a união de esforços e expertise de diferentes áreas em prol da transparência e da verdade na disseminação de informações. Trata-se de uma iniciativa essencial para proteger a democracia e garantir a lisura do processo eleitoral no estado.
