Uma das principais críticas feitas pela Seção de Contas foi em relação às transferências financeiras realizadas pelo partido para membros do diretório, sem uma comprovação adequada de que os gastos estavam relacionados às atividades partidárias. Muitas dessas despesas foram registradas com documentos considerados inaptos, tornando difícil a fiscalização sobre a destinação dos recursos públicos, o que vai de encontro à legislação vigente. Além disso, foram identificados adiantamentos de pagamento a funcionários e fornecedores que não foram devidamente justificados, caracterizando assim um uso indevido dos valores.
Outro destaque negativo foi a ausência de uma procuração válida em nome do presidente do partido, o que configura uma irregularidade formal nos documentos de prestação de contas apresentados. O parecer técnico final recomendou a devolução de uma quantia significativa de R$ 394.001,35, correspondente a 62,18% do total movimentado pelo partido ao longo do ano. Desse montante, R$ 200.871,73 correspondem a recursos do Fundo Partidário utilizados sem a devida comprovação, representando assim 41,60% do total dos repasses do fundo destinados à legenda.
Essa condenação impactante coloca em xeque a transparência e a ética na utilização dos recursos públicos por parte do Partido dos Trabalhadores em Alagoas. A sociedade espera que as devidas correções sejam feitas e que medidas efetivas sejam tomadas para evitar que situações similares se repitam no futuro. Este caso demonstra a importância de uma fiscalização rigorosa e constante das contas dos partidos políticos, visando garantir a lisura e a legalidade na utilização dos recursos destinados à atividade partidária.