TRE-AL Analisará Ação que Pode Anular Mandato de Paulão e Confusão Marca Sessão com Bate-Boca Entre Advogados e Tensão no Plenário

Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas Analisa Mandato de Paulão em Meio a Conflitos no Plenário

Nesta segunda-feira, 22 de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) deu início à análise de uma ação que pode resultar na anuência do mandato do deputado federal Paulão, do Partido dos Trabalhadores (PT). O processo, que envolve uma recontagem de votos, questiona a validade dos mais de 24 mil votos que foram atribuídos a João Catunda, do Progressistas (PP), nas eleições de 2022. Essa recontagem, caso validada, poderia beneficiar indiretamente o candidato derrotado Nivaldo Albuquerque, dos Republicanos.

Durante a sessão, o desembargador Sóstenes Andrade, relator do processo, atendeu a um pedido da defesa de Paulão, que tem à frente o advogado Luciano Guimarães, para atuar como assistente no caso. A decisão foi unânime entre os membros da corte, e a defesa de Paulão agora terá um prazo de cinco dias úteis para apresentar suas teses de maneira formal.

Entretanto, a sessão não ocorre sem tumultos. O ambiente ficou tenso quando houve um desentendimento entre os advogados presentes, culminando em um bate-boca acalorado. As trocas de insultos começaram entre Luciano Guimarães e Hugo Veloso, que representa Nivaldo Albuquerque. A situação se agravou ainda mais quando uma interjeição de uma mulher da plateia provocou a reação do advogado de Paulão, ampliando o clima de tensão no plenário. O desembargador Klever Loureiro, presidente do TRE-AL, decidiu intervir e solicitou a retirada dos advogados conflictantes, que acabaram saindo espontaneamente.

De acordo com a dinâmica do processo, uma nova data para a continuidade do julgamento será marcada. A defesa do deputado Paulão pretende solicitar a anulação da última sessão, argumentando sobre supostas irregularidades no trâmite processual. O deputado expressou sua confiança em que a Justiça reconhecerá “o bom direito”, afirmando que um candidato derrotado não deve ter a capacidade de influenciar seu mandato através de meios não convencionais.

O desfecho dessa ação poderá ter implicações significativas na cena política alagoana, ressaltando as complexidades e os conflitos que permeiam o sistema eleitoral. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro do mandato de Paulão e as consequências dessa disputa legal.

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