Traição e Emboscada: Filho de ‘El Chapo’ Leva à Prisão do Cofundador do Cartel de Sinaloa nos EUA



O mundo do narcotráfico foi abalado com a recente detenção de Ismael “El Mayo” Zambada, cofundador do temido Cartel de Sinaloa. Na última sexta-feira, El Mayo foi levado a um tribunal nos Estados Unidos onde declarou-se inocente das acusações de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e conspiração para cometer homicídio. A captura de Zambada ocorreu sob circunstâncias intrigantes e traiçoeiras, supostamente armadas por Joaquín Guzmán López, filho do infame traficante Joaquín “El Chapo” Guzmán.

De acordo com informações veiculadas pela mídia americana, Guzmán López teria atraído El Mayo para uma viagem ao norte do México que, na verdade, terminou em El Paso, Texas, onde agentes americanos realizaram a prisão. Este evento é visto como parte de uma batalha interna pelo poder dentro do cartel, com “Los Chapitos”, os filhos de El Chapo, enfrentando El Mayo, que, aos 76 anos, estaria com a saúde debilitada e perdido parte de sua influência na organização criminosa.

A detenção de Zambada não é apenas um golpe pessoal, mas também para sua facção dentro do cartel, que já havia sofrido um revés significativo em maio, quando seu sobrinho Eliseo Imperial Castro, conhecido como Cheyo Ántrax, foi emboscado e morto. Na sequência de sua detenção, Zambada deve comparecer em tribunal várias vezes, com a próxima audiência programada para o dia 31 de julho. Caso ele se recuse a comparecer, como já aconteceu antes, seu advogado o representará.

A operação que culminou na captura de El Mayo foi aclamada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que destacou o impacto significativo no Cartel de Sinaloa, descrito como “uma das empresas mais mortíferas do mundo”. O México, por sua vez, negou qualquer participação na operação, com o presidente Andrés Manuel López Obrador pedindo um relatório completo de Washington em busca de transparência.

Imagens dos dois líderes capturados foram divulgadas, mostrando El Mayo dentro de um veículo e Guzmán López sendo vigiado por agentes em uma pista de pouso. A prisão representa um marco na luta dos Estados Unidos contra o tráfico de fentanil, um opiáceo sintético extremamente potente que causou mais de 70 mil mortes por overdose em 2023.

Guzmán López, agora com 38 anos, é acusado de traficar grandes quantidades de cocaína, heroína e metanfetamina. Anne Milgram, diretora da DEA, afirmou que o cartel fabrica “em massa” fentanil em laboratórios clandestinos no México, utilizando produtos químicos provenientes principalmente da China. Além disso, o cartel supostamente conta com parceiros nos Estados Unidos para distribuir drogas e organizações chinesas para lavar o dinheiro gerado pelo tráfico.

A prisão de El Mayo e Guzmán López representa uma extensão da rede de líderes do Cartel de Sinaloa nas mãos das autoridades americanas, incluindo El Chapo, que cumpre uma pena de prisão perpétua, e outros membros importantes do cartel, como Ovidio Guzmán. Em resposta, o governo mexicano já mobilizou 200 soldados das forças especiais para Culiacán, capital de Sinaloa, na tentativa de prevenir uma possível escalada de violência, como a ocorrida em 2023 após a prisão de Ovidio Guzmán.

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