Nesta terça-feira, uma mulher de 35 anos foi morta e duas pessoas – seu marido, de 40 anos, e sua filha, de 14 – ficaram gravemente feridas após um carro furar um bloqueio montado por agricultores no departamento Ariège, no sudoeste da França. Os agricultores têm bloqueado estradas em todo o país em protesto, alegando que as condições no setor agrícola estão piorando. Os três ocupantes do carro – um casal e um amigo – foram levados sob custódia pela polícia por suspeita de homicídio involuntário.
Era por volta das 1h da madrugada quando o veículo trafegava em alta velocidade na pista de mão dupla que levava ao bloqueio da estrada, ignorando a sinalização que indicava o fechamento da via. O carro bateu em uma parede de palha e atingiu as três pessoas, só parando quando colidiu com um reboque agrícola de um trator. Um promotor local afirmou que os primeiros resultados da investigação sugerem que o carro não havia batido na barreira intencionalmente. O motorista, um homem de 44 anos, não estava sob a influência de álcool ou drogas.
Segundo Simon Bertoux, prefeito de Ariège, a região tem sido um ponto de concentração dos protestos dos agricultores nos últimos dias. Os sindicatos agrícolas se reuniram nesta semana com o primeiro-ministro Gabriel Attal para discutir suas queixas, que incluem os baixos preços dos alimentos, aumento dos impostos para os agricultores, preços mais altos dos combustíveis e regras de proteção ambiental que eles dizem ser inaceitáveis.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores (FNSEA) liderou as manifestações em todo o país e, apesar da tragédia, disse que a mobilização dos agricultores não será afetada. O presidente da FNSEA, Arnaud Rousseau, declarou que “a luta continua”. Enquanto isso, o presidente Emmanuel Macron expressou solidariedade às vítimas e prometeu oferecer soluções concretas para os problemas enfrentados pelos agricultores.
O governo francês prometeu que várias medidas seriam reveladas até o final da semana para lidar com as preocupações dos agricultores. As tensões no país estão em alta, com muitos agricultores prometendo continuar com os protestos e manifestações caso suas demandas não sejam atendidas.úmeros nos últimos dias.
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