O Reserva Raposo faz parte do programa Pode Entrar, que visa adquirir unidades habitacionais construídas pela iniciativa privada. A gestão municipal adquiriu um total de 18 torres do empreendimento por cerca de R$ 1,3 bilhão, com o objetivo de proporcionar habitação social a moradores em situação vulnerável ou provenientes de áreas em risco. Além dos investimentos municipais, o governo do estado de São Paulo também participa deste projeto habitacional.
Circunstâncias da tragédia apontam para a responsabilidade da BRZ Construtora, a empresa encarregada da obra. De acordo com as primeiras informações divulgadas, o acidente ocorreu quando um elevador de carga despencou, resultando na morte de três homens, com idades de 20, 23 e 46 anos, que trabalhavam no local. Um quarto trabalhador sofreu ferimentos e foi socorrido. A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e confirmou os óbitos ainda no local do acidente.
Este não é o primeiro sinal de problemas associados ao Reserva Raposo. Prédios já inaugurados no condomínio enfrentam reclamações por parte dos moradores, que relatam problemas de infraestrutura, como vazamentos, infiltrações e a consequente presença de mofo, gerando preocupações sobre a segurança e qualidade de vida dos residentes.
A construção do Reserva Raposo foi oficialmente lançada com uma cerimônia em dezembro do ano anterior, contando com a presença de autoridades municipais e estaduais. Em resposta ao acidente, a BRZ Construtora informou que está colaborando com as investigações e buscando esclarecer as causas da queda do elevador. A Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura também se manifestou, destacando que a obra possui alvará de execução. Uma equipe está sendo enviada para verificar a situação e acompanhar as investigações.
O luto pela perda dos trabalhadores se une às inquietações sobre a segurança e a fiscalização das obras públicas, levantando questionamentos sobre a responsabilidade das empresas envolvidas em projetos habitacionais essenciais para a população de baixa renda.