Com essa descoberta, o número de vítimas fatais da queda da ponte chega a seis, enquanto outras onze pessoas ainda permanecem desaparecidas. O desabamento da estrutura, que ocorreu no último domingo, 22, provocou a destruição de parte da ponte com 533 metros de extensão e mais de 60 anos de história. A ponte fazia parte de um eixo rodoviário essencial para a região Norte, sendo o ponto de ligação das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).
O acidente afetou diretamente 10 veículos, incluindo carros, caminhões e motocicletas. Dois caminhões que transportavam produtos perigosos, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, caíram no rio Tocantins, levando à suspensão temporária das buscas por mergulhadores. No entanto, as operações foram retomadas sob a coordenação da Marinha, com o apoio dos Bombeiros dos Estados de Tocantins, Pará e Maranhão.
Para garantir a segurança dos mergulhadores e avaliar os riscos de contaminação da água, uma equipe especializada em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) foi enviada ao local. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), os resultados das análises sobre a qualidade da água devem ser divulgados em até uma semana.
A Marinha, por sua vez, informou que estão sendo utilizados equipamentos como sonar “sidescan” para localizar os veículos submersos no leito do rio. Além disso, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a abertura de uma sindicância para apurar as responsabilidades pelo desabamento e o início das obras de reconstrução, previstas para serem concluídas em 2025, com investimento entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões do Governo Federal.