Durante o velório, Arrisson Luan Galvão, filho do sargento e sobrinho do major, expôs a complexidade da relação familiar e o lado sombrio de Pedro Silva, considerado por muitos como um “homem de duas faces”. Ele revelou que o major acumulava um histórico alarmante de violência ao longo de 25 anos, majoritariamente contra mulheres. Em suas declarações, Arrisson não poupou detalhes, mencionando episódios de agressão física e psicológica, como espancamentos e ameaças. “Ele sempre foi agressivo com todas as suas mulheres”, comentou, acrescentando que um dos episódios mais graves envolveu tiro em uma ex-companheira.
Os momentos que se seguiram ao crime foram de terror absoluto, uma vez que a mãe e a tia de Arrisson buscaram abrigo em um quarto durante a crise. Relatou que o major tentou invadi-las, utilizando os filhos delas como instrumentos de chantagem emocional, cortando o cabelo das crianças e mostrando um lado brutal sem precedentes. Arrisson descreveu seu primo como um garoto inteligente e sensível, que tinha um futuro brilhante pela frente.
Sobre o seu falecido pai, o jovem destacou a natureza pacífica e gentil de Altamir, afirmando que ele sempre buscou evitar conflitos. No momento fatídico, ainda tentou conter Pedro Silva, mas o major estava determinado e armado. A resistência do sargento foi, infelizmente, em vão.
Atualmente, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, enquanto o major, que havia desrespeitado a prisão domiciliar, foi posteriormente morto em um confronto com a equipe do Bope. A tragédia levanta questões urgentes sobre a violência de gênero e a cultura de impunidade dentro das instituições e a resiliência das famílias afetadas por atos violentos.