Inicialmente, os sintomas foram tratados como um caso de intoxicação alimentar, levando os médicos a darem alta à família após uma breve internação. Contudo, a situação se agravou rapidamente, e as duas crianças, de 6 e 3 anos, faleceram no dia 13 de novembro. A mãe, de 27 anos, morreu no dia seguinte, e, tragicamente, o pai também veio a falecer no hospital em 17 de novembro.
A investigação, que inicialmente se concentrou na suspeita de intoxicação alimentar, começou a considerar outras causas, especialmente após relatos indicando que a família pode ter sido exposta a pesticidas no hotel onde estava hospedada. A mídia turca revelou que a equipe de investigação encontrou indícios de que produtos químicos perigosos, capazes de liberar fosfina, poderiam estar relacionados às mortes. Essas substâncias são conhecidas por seus efeitos letais, causando envenenamento severo se não forem manuseadas corretamente.
Relatos preliminares de análises forenses apontam que o envenenamento químico é uma hipótese forte nas mortes, conforme evidenciado pelos resultados de amostras coletadas dos corpos. A situação levantou preocupações sobre o uso inadequado de pesticidas em áreas frequentadas por humanos, como residências e hotéis, onde esses produtos não deveriam ser aplicados.
Após a evacuação do hotel localizado no distrito de Fatih, os investigadores descobriram que um quarto no térreo havia sido recentemente tratado com químicos pesados, usados para controlar uma infestação de percevejos. As suposições sugerem que a ventilação pode ter permitido a contaminação do quarto da família.
Os especialistas ressaltam que o fosfeto de alumínio, um pesticida comum, gera riscos elevados quando aplicado em locais inadequados e que seu uso em ambientes não apropriados é estritamente regulado. A falta de fiscalização adequada em muitos países poderia estar na raiz desse problema, uma vez que frequentemente esses produtos são usados indevidamente nas mãos de profissionais não qualificados.
Esses episódios trágicos ressaltam a necessidade urgente de maior conscientização e controle sobre o uso de pesticidas industriais, que podem ser fatais. A saúde pública deve estar em primeiro plano, garantindo que práticas seguras e regulamentações rigorosas sejam mantidas para proteção de todos.
