Ricardo Bekeredjian, que possuía registro de Colecionador, Atirador Esportivo de Caçador (CAC) e havia adquirido 72 armas legalizadas segundo o Exército, era apontado como fornecedor de armamento pesado para facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho, além de quadrilhas que realizam mega-assaltos pelo crime organizado.
O criminoso já respondia por tráfico internacional de armas e foi preso anteriormente em setembro, por transporte ilegal de munições e fuzis na fronteira do Paraguai com o Brasil. No entanto, ele foi solto em novembro após pagar fiança de R$ 50 mil à Justiça Federal do Paraná.
O desembargador Marcelo Malucelli concedeu o benefício da liberdade provisória a Ricardo, alegando que a medida seria a melhor ao caso em tela, garantindo a liberdade do indiciado e inibindo possível reiteração criminosa. Apesar disso, a prisão em flagrante ocorreu mais tarde em São Paulo, após denúncia de que o traficante mantinha um arsenal clandestino na casa da mãe, já falecida.
A investigação da Polícia Civil revelou que Ricardo utilizava uma passagem secreta no fundo falso de um guarda-roupas para acessar o bunker com as armas ilegais. O delegado responsável pelo caso, Ronald Quene, afirmou que o armamento apreendido poderia ser utilizado por criminosos extremamente bem armados, colocando em risco a população.
Ricardo Bekeredjian já havia sido preso em 2007 tentando embarcar com 30 mil dólares não declarados em um voo para Foz do Iguaçu. A defesa do acusado não foi localizada para comentar sobre o caso. A polícia continua investigando o envolvimento de Ricardo com o tráfico de armas e o crime organizado.