Traficante Fhillip, conhecido como Professor, usava restaurantes para lavar R$ 250 milhões do Comando Vermelho e envolvia artistas em esquema ilegal de tráfico.

No último domingo, o traficante Fhillip da Silva Gregório, mais conhecido como Professor, foi encontrado sem vida, e investigações revelam que ele utilizava a rede de restaurantes “Picanha do Juscelino” como um canal para lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Ligado ao Comando Vermelho (CV), Fhillip teria estabelecido um complexo esquema que se utilizava de laranjas, empresas de fachada e produtoras de baile funk para movimentar uma quantia significativa de recursos da facção criminosa.

De acordo com a Polícia Civil, os recursos eram transferidos e encaminhados até Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, onde serviam como financiamento para a aquisição de armamentos e outras atividades ilícitas ligadas ao tráfico. Em resposta a essa situação, uma operação foi deflagrada na terça-feira, com o objetivo claro de desarticular a estrutura financeira do Comando Vermelho, que, segundo estimativas, estaria envolvido na lavagem de mais de R$ 250 milhões.

Dentro do contexto da operação, a polícia identificou nomes de indivíduos que teriam se beneficiado dos esquemas de lavagem. Entre eles, Viviane Noronha, esposa do cantor MC Poze do Rodo, surgiu como um dos nomes proeminentes. A investigação apontou que ela teria recebido somas milionárias através de empresas de fachada, levando as autoridades a cumprir mandados de busca e apreensão em sua residência, além de bloquear seus bens e os de outros suspeitos.

O delegado Jefferson Ferreira, que atua na Delegacia de Roubos e Furtos, informou que há evidências do envolvimento da rede de restaurantes no esquema de lavagem. O empresário Juscelino Medeiros de Lima, chamado popularmente de Rei da Picanha, figura entre os investigados. Outro nome de destaque é o de Gustavo Miranda de Jesus, que supostamente gerenciou o setor financeiro de Fhillip e movimentou R$ 30 milhões em um único ano, mesmo sendo beneficiário do auxílio emergencial do governo.

Além destes, outros indivíduos, como Doca, um chefe do tráfico na Penha, e seu segurança, conhecido como Nikolas, também foram mencionados nas investigações. A produtora Leleco Nacional foi identificada como uma possível ponte para transferências ilícitas, que podem ter envolvido até mesmo Matheus Mendes, identificado como um laranja de Viviane. Mais intrigante ainda, a polícia revelou que um depósito financeiro foi realizado para Mohamed Hussein Ahmed, um egípcio suspeito de vínculos com a Al-Qaeda, embora o montante e o destino desse valor permanecem desconhecidos. Essa complexa rede de crimes financeiros e conexões internacionais levanta preocupações significativas sobre a atuação de organizações criminosas no Brasil.

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