Trabalhadores resgatados de fazenda de café no ES chegam em Alagoas aliviados após regime de escravidão

Na manhã desta sexta-feira, 17, a cozinheira alagoana Wagna da Silva, de 43 anos, desembarcou em Penedo, junto com outros 11 trabalhadores, após serem resgatados de uma fazenda de café no Espírito Santo onde estavam vivendo em condições de escravidão. Emocionada, a cozinheira afirmou se sentir aliviada ao chegar à cidade e reencontrar seus familiares.

A história veio à tona após Wagna gravar um vídeo denunciando as condições em que eles estavam vivendo. Segundo ela, o grupo foi levado para a fazenda para colher café, mas ao chegar lá se depararam com uma realidade bem diferente do combinado. Os trabalhadores relataram que o acordo inicial era de receberem transporte e pagarem R$6 mil em duas parcelas com o trabalho realizado, porém, ao chegar na fazenda, foram informados de que o valor era de R$8 mil. Além disso, a dívida cresceu para mais de R$10 mil para cada um deles, devido às despesas com alimentação que também eram cobradas.

O resgate foi realizado pela Polícia Militar do Espírito Santo após uma ampla mobilização de diversos órgãos para libertar os trabalhadores. Atualmente, eles estão recebendo assistência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para lidar com as consequências dessa situação.

O grupo de 12 pessoas saiu do Espírito Santo na quarta-feira e deveria ter chegado a Alagoas na noite de quinta-feira, porém, uma pane na van em que estavam atrasou o retorno, deixando todos apreensivos. No entanto, ao finalmente chegarem à cidade, o sentimento de alívio e felicidade tomou conta de todos, que comemoraram o reencontro com seus entes queridos após o tempo de angústia vivido.

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