Trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão em usina de álcool e açúcar em Boituva, São Paulo

Na última segunda-feira (9), uma operação de fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resultou no resgate de quinze trabalhadores que estavam vivendo em condições análogas à escravidão em uma usina de álcool e açúcar localizada em Boituva, São Paulo. Os trabalhadores, vindos de diferentes regiões do país, incluindo Alagoas, Pernambuco, Bahia e interior de São Paulo, estavam em situação precária, sem carteira assinada e enfrentando altos custos com aluguel e energia.

Os auditores do MTE encontraram os trabalhadores vivendo em alojamentos em péssimas condições, sem acesso a água potável e sujeitos a jornadas de trabalho exaustivas. A operação de resgate foi desencadeada a partir de uma denúncia sobre as más condições de trabalho e as infrações cometidas pelo empregador.

Além de garantir o pagamento das verbas trabalhistas em atraso, os auditores também exigiram o registro oficial dos trabalhadores e garantiram o custeio das passagens para que pudessem retornar aos seus estados de origem. Vale ressaltar que no ano passado, o MTE já havia encontrado 74 trabalhadores em condições semelhantes durante inspeções realizadas em outras usinas da região.

A situação dos trabalhadores resgatados evidencia a persistência do trabalho escravo no país, apesar dos esforços de fiscalização e combate por parte das autoridades competentes. É fundamental que as empresas sejam constantemente monitoradas e responsabilizadas por práticas ilegais e desumanas, visando garantir a dignidade e os direitos dos trabalhadores.

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